quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ela dança engraçado e beija depois de contrato quase assinado.
Ela quer ser lembrada no dia seguinte e para isso telefona.
Telefona e diz que por hora não pode, que precisa trabalhar et cetera.
Depois, emails apaixonados.
Implora atenção.
Ela não gosta da minha corrente de plástico.
A Ela da barriga bonita, do abdomem definido.
Do desejo definido.
Da ausência de dúvida.
Da persuasão iminente.
Da falta de notícia minha, da falta de internet minha, do meu computador quebrado.
Ela não compreende.
Ela longe.
Ignorare.
Ela não entende meu português nem meu francês.
Ela quer ser convidada.
Quer invadir, dividir, sem demora.
Ela não gosta de ficar sozinha.
Ainda não aprendi a amar em inglês.
Ela do nome-pronome, da beleza e do meu medo.

Luana Azzolin

Quase Haikai

Versos poucos
Soltos, roucos
Rotos
Passo torto
Dia morto
Sem teu rosto.


Luana Azzolin