quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sincero perdão peço à palavra, do silêncio suspendido.

Sido como se depois de usá-la, depois do gozo, esquecia d’ela, d’outras, todos os dias.

Fora um lapso, um erro côncavo, desatenção à mater?

« é que andava deveras declinando… »

Enquanto abundavam sinapses secas, de sintaxe áfona. Orfãs.

Flor do latium áfona.

Sonhos disléxicos, mistura esdrúxula de pífios, monos, ocos, inodoros desvarios;

Da profe bonita, do menino que ama de graça e muito.

Palavra em greve no país da.

Diferente do tempo em que ninguém ousava embargar quando dispunha-me a quedar em minha «arte da propagação de irrealidades», filhas da pressa, lestas.

Luminosidade refletida pelo branco glacial…

Ansiedade refletida, desvirtuada pela luz.

- A refração da ânsia-

Nesse inverno do inaugurado 2009, Toulouse cheira à bergamota.

Deixo de declinar-te, volto a dissecar.

C’est promis.

Berdinazzi

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